sábado, 11 de junho de 2011


 ANA
Texto retirado do blog FISIONOMIA de Roberto Sampaio...

E não importa que eu fale e pense em Ana todos os dias mesmo sabendo que ela não existe. Ou que ela só existiu ali no espelho imaginário do cinema de Saura . Não posso perder esse dialeto de silêncio que inventei para entender a vida e aceita-la com amor. Sou forte hoje, minhas mãos não recuam mais, antes de tudo elas impõem-se mesmo repletas de tédio, mesmo repletas de medo, pois se há drama aqui é a repetição dos fatos, e de fatos que não sou eu que repito. Sou espectador da morte dos meus ídolos e amores como todo mundo... Estou cansado... Tenho motivos reais para estar.
Não alimento mais corvos abstratos mas eles sobrevivem magros e num bater de asas insuportável. Continuarão, eu sei!
O problema é que eu ainda não aprendi a amá-los .


ROBERTO SAMPAIO






“Não entendo por que dizem que a infância é a época mais feliz na vida de alguém”

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