Decifrei o código
da tua honra
sobre o prisma da volúpia
mil adagas
não me riscariam a pele
Melhor brindarmos
com a tua presença
à minha sanidade
metaforicamente promulgada
Antíteses atravessam minha carne
se perdem na amplidão
Tuas palavras me tocam
só de passagem
Teu sorriso não!
ele tem o poder
de perfurar a minha alma
com a maestria
de uma espada samurai
E para que meu encanto
Por que insistir
nessa sentença de morte
se tu bem sabes
que EU SOU IMORTAL
Atravessarei os séculos
em tua garganta...
Hoje e sempre
para sempre
com o mesmo sabor
Refazer os passos
perdidos na estrada
nem sempre é possível
sem que se apague alguma pegada
Aí muda tudo
e daí
Sei que em ti
permaneço intacta
ainda que codificada
Estaremos sempre atados
pois o verbo
permanecerá também itacto
cravado nesse pedaço de papel
KARINA MEIRELES CANTANHEDE LAGO