quarta-feira, 3 de agosto de 2011

CÓDIGO DE HONRA

Decifrei o código                                                                   
da tua honra
sobre o prisma da volúpia
mil adagas 
não me riscariam a pele                                                   
Melhor brindarmos 
com a tua presença 
à minha sanidade 
metaforicamente promulgada
Antíteses atravessam minha carne
se perdem na amplidão
Tuas palavras me tocam
só de passagem
Teu sorriso não!
ele tem o poder 
de perfurar a minha alma 
com a maestria 
de uma espada samurai
E para que meu encanto
Por que insistir 
nessa sentença de morte
se tu bem sabes 
que EU SOU IMORTAL
Atravessarei os séculos 
em tua garganta...
Hoje e sempre
para sempre 
com o mesmo sabor
Refazer os passos
perdidos na estrada
nem sempre é possível
sem que se apague alguma pegada
Aí muda tudo
e daí
Sei que em ti 
permaneço intacta
ainda que codificada
Estaremos sempre atados
pois o verbo
permanecerá também itacto
cravado nesse pedaço de papel

KARINA MEIRELES CANTANHEDE LAGO